Tarifas em pausa e setor de tecnologia no comando
Os sinais variam: enquanto o setor de tecnologia sustenta o mercado, tensões comerciais e a queda na produção de petróleo geram novas preocupações.

O mercado continua caminhando sobre uma corda bamba. De um lado, as grandes empresas de tecnologia mantêm o ritmo e impulsionam o Nasdaq com lucros sólidos e expectativas renovadas em inteligência artificial.
De outro, o acordo comercial entre EUA e China têm prazo de validade, o petróleo perde força, e os investidores começam a revisar suas projeções de crescimento global.
Neste cenário de sinais mistos, o S&P 500 encerrou a semana com leve queda de 0,5%, o Dow Jones recuou 0,9%, e o Nasdaq resistiu melhor, caindo apenas 0,3%, impulsionado por nomes como Nvidia, Apple e Microsoft.
Tech ainda lidera o mercado
As gigantes da tecnologia voltaram a se destacar. Empresas como Nvidia e Meta levaram o Nasdaq a novas máximas semanais, apoiadas por resultados financeiros sólidos e projeções ambiciosas em áreas como IA e publicidade digital.
A força desse setor contrasta com a incerteza em outras indústrias mais expostas ao ciclo econômico. Embora os analistas celebrem os avanços, também alertam que uma concentração tão grande em poucas ações pode trazer vulnerabilidades se alguma delas decepcionar.
Pausa comercial com a China
EUA e China concordaram em suspender temporariamente certas tarifas por 90 dias, numa tentativa de aliviar as tensões em meio a um cenário econômico frágil.
No entanto, essa trégua é apenas temporária. Muitos analistas veem a medida como uma estratégia política de curto prazo, sem garantias de mudanças estruturais na relação entre as potências. Se as tarifas voltarem com força, o impacto nas cadeias de suprimentos e nos custos de produção pode atingir diretamente
Petróleo perde força
Um relatório recente da S&P Global Commodity Insights aponta que a produção de petróleo nos EUA pode diminuir levemente em 2025, algo que não acontece desde o início da pandemia, em 2020.
Essa queda viria em meio a uma estratégia mais conservadora por parte das grandes petroleiras, afetadas pelo menor crescimento global e pela pressão para adotar fontes de energia mais limpas e renováveis.
Enquanto isso, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) segue com seus ajustes de produção para manter os preços estáveis, embora a demanda global comece a mostrar sinais de desaceleração.
O que vem por aí
Esta semana será decisiva para entender o possível rumo do Federal Reserve. Serão divulgados dados de inflação (CPI), vendas no varejo e produção industrial.
Qualquer sinal de desaceleração nos preços pode reforçar a expectativa de um corte de juros no segundo semestre. Por outro lado, se a inflação continuar persistente, é provável que o Fed mantenha sua postura cautelosa.
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Fontes: Axios, Yahoo Finance, thesun.ie